domingo, 11 de abril de 2010

Roseiral - José Inácio Vieira de Melo





A poesia está viva e ainda conserva seu cheiro de flores! Digo isso a propósito do livro Roseiral, quinto livor do poeta alagoano, radicado na Bahia, José Inácio Vieira de Melo, publicado pela editora Escrituras - SP, em 2010.

Roseiral é um grito. Um grito de brasa, um acerto de contas com um tempo passado e opressor, uma "intensa rebelião contra os valores arcaicos do mundo patriarcal que massacram o indivíduo", conforme as palavras de Astrid Cabral na orelha do livro.



O grupo Concriz fará recitais no lançamento de Roseiral em cinco cidades, Maracás, Jequié, Amargosa, Santa Inês e Planaltino.


  

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Motivo

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.

Cecília Meireles