WILMAR SILVA, Rio Paranaíba,
Minas Gerais, Brasil, 30 de abril de 1965. Poeta, performer, editor, artista
visual e sonoro, pesquisador com formação em artes cênicas, letras e
psicologia. Autor dos livros de poesia: Çeiva (Brasil, 1997), ANU (Brasil, 2001),
Arranjos de Pássaros e Flores (Brasil, 2002), Cachaprego (Brasil, 2004),
Yguarani (Portugal, 2009), Lágrimas en el Lago de Púrpura (Argentina, 2009),
Silvaredo (Brasil, 2010), Astillas en el Lago Púrpura (República Dominicana,
2010). Performances: Afrorimbaudelia, Subida ao Paraíso, O sétimo Corpo, Ee Tu
Mao, Eusmaranhados, NeoNão. Antologias: Antologia da Nova Poesia Brasileira
(Brasil), A Poesia Mineira no Século XX (Brasil), Oiro de Minas a nova poesia
das Gerais (Portugal), Máscaras de Orfeo (República Dominicana). Organizou as
antologias: O achamento de Portugal (2005), Terças Poéticas: jardins internos
(2006). E a contraantologia: Portuguesia (2009), livrodvd com 101 poetas de
Portugal, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Brasil (Minas Gerais). Fundador e editor da
Anome Livros, prêmio Jabuti 2009. Curador do projeto de leitura, vivência e
memória de poesia Terças Poéticas, Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte,
Minas Gerais, Brasil. Desenvolve pesquisa de poesia de língua portuguesa
Portuguesia: Minas entre os povos da mesma língua, antropologia de uma poética
(http://www.portuguesia.com.br/). Editor e apresentador do programa Tropofonia
(http://www.tropofonia.com.ar/), rádio educativa 104,5 UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais). Artista convidado: Fórum das Letras (Ouro Preto, MG,
Brasil), Psiu Poético (Montes Claros, MG, Brasil), Bienal do Livro de Minas
(Belo Horizonte, MG, Brasil), Feira do Livro de Santo Domingo (República
Dominicana), Bienal do Livro de Fortaleza (Ceará, Brasil), Congresso Brasileiro
de Poesia (Bento Gonçalves, RS, Brasil), Festival Tropofonia (Rosario,
Argentina), Encontro Internacional de Poetas de Coimbra (Portugal), Bienal de
Poesia de Brasília (Distrito Federal, Brasil), Otono Cultural Ibero-americano
(Huelva, Espanha).
Cachoeiras
Chorei de tanto mirar o corpo de meu pai,
O corpo sozinho quente esfriando de meu pai, O
Corpo quente esfriando sozinho, Chorei
Arrasado Devastado Comido Bebido por um
E por todos Abandonei meus sonhos meus P
és
Eu E o cavaleiro ladrão de vento Orgair, Eu E
a maior Antônia, eu E a menor Elenice
Eu e a que chegou condor Maria Que depois
Perdeu um Angel
Mãe, isso não é um nome nem um chamado,
É um grito, o grito mais alto ao mais altoaltar
o Altar sem Andor
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