quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cordel e Xilogravura com Luiz Natividade

Luiz Natividade é natural  de Junqueiro, Alagoas, nasceu em  07 de maio 1961, filho de Benicio Natividade Costa e Maria Edite Costa. Veio para a Bahia para estudar e por aqui ficou. Teve uma infância feliz no Sítio Vazia de Cima, onde morou até os 6 anos de idade, vendo as festas populares, como Guerreiro, Diana, Chegança e Reisado. Depois seu pai transferiu a família para a cidade de Junqueiro, Alagoas,  em 1966. Aprendeu com o tio, a fazer suas primeiras cordas de palha de coqueiro e colher da pau. Passava suas tardes na carpintaria do mestre Manoel Marques, homem de inteligência brilhante, Mestre de obras, Carpinteiro, incentivador da cultura popular na Cidade. Cresceu vendo sua Mãe riscando, desenhando, costurando e bordando  roupinhas de bebê. Isso contribuiu para sua formação de desenhista. Iniciou seus estudos na Cidade de Junqueiro.   ABC na escola RURAL; depois no  Padre Aurélio Góis;  e a seguir no  Ginásio Nossa Senhora  Divina Pastora. Em 1980 muda-se para Salvador, onde completou seus estudos. Formado em Artes Plásticas, pela  UFBA  (Universidade Federal da Bahia), Escola de Belas Artes, em 1993. Realizou mais de 50 exposições nos seus 30 anos de arte. Sua primeira foi na cidade de Castro Alves, BA, em 1985  a convite do artista plástico Balbino Azevedo; a segunda, na sua cidade Natal, Junqueiro, AL, em 1985. Idealizador do projeto Natividade de Xilogravura, levando essa arte milenar aos quatro canto do Brasil, fazendo cursos, oficinas e palestras de xilogravuras. Tornou-se empreendedor individual em 2010 com literatura e cordel, trazendo a Mini Literatura de Cordel e o manual de xilogravura. Poeta, desenhista,  pintor, xilogravador e escritor, já escreveu os cordéis Marieta que eu vi viver, O homem da mesa, Manual de Xilogravura - uma idéia feita a mão, O orgulhoso que tropeçou na sorte, O Mendigo que virou Senador, Junqueiro minha vida  e vários outros.

Mantém o blog www.natividadexilo.blogspot.com, onde divulga seus trabalhos.


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Motivo

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.

Cecília Meireles