João de Moraes Filho (21/03/1977)
é poeta e gestor cultural, graduado em letras pelo ILUFBA e mestrando em
Cultura e Sociedade IHAC/UFBA. Publicou Pedra Retorcida: Fundação Casa de Jorge
Amado / Prêmio Braskem de Cultura e Arte 2004; Portuário: Casa de Barro
Edições, 2006 e Em nome dos raios: Expressão Editora, 2004. Fundou em Cachoeira
a Casa de Barro Cultura Arte Educação. Atualmente dedica-se a investigação das
políticas culturais para o livro e leitura no Brasil e Colômbia. Os poemas
abaixo integram a seção Chuva Alheia, do livro Uno, ainda em prelo.
Regar
os olhos
à flor da pele
sem a gota d’água
desse azul
entardecido.
Qualquer horizonte,
no risco da mão,
avermelha
a tarde despida
em teus braços.
Cada pétala
anoitecida
espinha o cheiro
esvaído
da paixão
desenhada
de gira sol.
ELDER OLIVEIRA nasceu aos 5 de dezembro de 1968 em Poções, Bahia,
cidade localizada a 444 km de Salvador. Viveu a infância em Nova Canaã, cidade
banhada pelos rios Gongogi e Vigário, situada a 45 km de Poções. Publicou seus
primeiros versos em livretos e tablóides impressos na Tipografia Poções Ltda,
de propriedade de seu tio Eurycles Macedo, poeta e jornalista autodidata.
Reside atualmente em Vitória da Conquista, cidade pólo cultural e econômico da
Região Sudoeste de Bahia. Participou de diversas antologias, dentre elas
Antologia e Memória do VII Festival de Inverno da Bahia (Corec – 1997); O
Pescador de Sonhos (da Academia de Letras de Jequié – 1998); Grandes Escritores
da Bahia Vol. III (Litteris Editora – RJ, 2001); Anuário de Escritores 2001
(Litteris Editora – RJ, 2001); Concerto Lírico a Quinze Vozes (Aboio Livre
Edições – Salvador – BA, 2004). Publicou os livros Malungos e Vapores &
Outros Poemas (Edições UESB – Prêmio Zélia Saldanha, categoria Poesia, 2001) e
O Curumim Espião (2008). Além de poeta, Elder Oliveira é músico, com canções em
parcerias com importantes nomes do cenário musical do Sudoeste da Bahia.
Álbum cósmico
Pessoas geografitam
No gelo espesso da inconsciência
Noites gravitam instantâneas luas
Sobre vagalumes automáticos
Pássaros desovam os incandescentes
Pigmentos da aurora
Onde
A lírica tristeza da manhã
Nos contempla com seus grandes olhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário