terça-feira, 3 de julho de 2012

A poesia de Júlio Lucas

Júlio Lucas, nascido em Paulo Afonso, também costuma se definir soteropolitano por conta do destino, jequieense pela hospitalidade e cosmopolita por ideologia. Tem dois filhos, Caíque e Caio. Escreve desde menino: das letras de rock dos anos 80 para as bandas Sinal Vermelho, Regicídio e Olhos de Poeta (Salvador) às composições do Bando Batida Seca (Paulo Afonso), na década de 90. Mais recentemente participou de parcerias com o cantor e violonista Manno di sousa (radicado em Vitória da Conquista).
Idealista e idealizador de fanzines xerocados em Salvador a jornais no sudoeste baiano, ao mudar-se para Jequié, assumiu a direção do Jornal Actual (2000), a convite do jornalista Wilson Novaes Jr. Em seguida criou o Correio do Interior, primeiro da região em tamanho standard, capa colorida, caderno de cultura e versão online. Também colaborou com os impressos Café com Leite, Novos Tempos e Revista Cidades em Foco. Teve haicais quadrinizados pelo cartunista Edu Santana na revista Come-Comix. Atualmente possui o blog cultural Miscelânea, por Júlio Lucas e é coordenador editorial da revista Muito Mais.
Na TV, foi roteirista e produtor do programa Muito Prazer, Álvaro Guimarães (CNT-Aratu). Desde então dirigiu clipes, documentários e vários vídeos institucionais para prefeituras. Na agência Rush Produções e Publicidades, com Rogério Xavier e Sérgio Guerra, criou diversas campanhas para rádio, TV, impressos e principalmente para veiculação em outdoor, em Paulo Afonso. Na publicidade, trabalhou ainda na agência Moura Marketing e Propaganda.
Radicado em Jequié há mais de uma década, onde é servidor público, exerceu o cargo de diretor de Comunicação Social do Município (2009/2010). Multimídia autodidata, apresenta nas noites de sábado o Tribos do Rock, na 105 FM. Elaborou capas para coletâneas da Academia de Letras de Jequié, a saber, III e IV Concursos Literários da ALJ: Prêmio Eusínio Soares de Literatura Brasileira (da qual faz parte como poeta convidado) e Prêmio Waly Salomão. Também foi capista de Jequié - Síntese Histórica e Informativa (2011), de autoria do lexicógrafo Dermival Rios. Obra em que assina as orelhas.  Ainda em Jequié coordenou e apresentou o projeto Feira da Poesia para a Secretaria de Educação e Cultura e foi jurado do I Concurso de Poesia da Casa da Cultura Pacífico Ribeiro - Prêmio Ruy Espinheira Filho.

Além da Poesia, trabalho artístico ao qual mais se dedica, possui contos, romances e uma peça teatral a serem publicados. Atendendo ao convite de José Inácio Vieira de Melo, curador e coordenador da Praça de Cordel e Poesia, participou das duas últimas bienais do Livro da Bahia (2009/2011). Não obstante, nesta última edição, lançou Novamente Poesia, seu esperado livro de estreia. É membro da Academia de Letras de Jequié.







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Motivo

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.

Cecília Meireles