segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Grupo Concriz espalha poesia na Flipelô

O Grupo Concriz, formado por crianças, adolescentes e adultos da cidade de Maracás, nos dias 12 e 13 se apresentaram na 1ª Festa Literária do Pelourinho, a Flipelô, com a apresentação de recitais poéticos. Na primeira noite o grupo apresentou um espetáculo contemplando diversos autores baianos e de outros estados, a exemplo de Roberval Pereyr, Cleberton Santos, José Inácio Vieira de Melo, Júlio Lucas, Elizeu Moreira, Antonio Barreto, Eliana Mara Chiossi, Antonio Brasileiro, Kátia Borges, Igor Fagundes e Salgado Maranhão. Ainda na mesma noite, no Café Zélia Gattai, o grupo fez um recital em homenagem à poeta Myriam Fraga.

No domingo, 13, às 10h, o grupo novamente se apresentou no Café Zélia Gattai, repetindo a homenagem feita no dia anterior a Myriam Fraga. Às 11h, em palco no largo do Pelourinho, o Concriz fez uma participação especial durante a apresentação da Orquestra Sinfônica da Bahia, recitando alguns poemas entre uma e outra execução musical.
Os jovens maracaenses foram aplaudidos várias vezes e sempre em suas falas davam destaque para a cidade de Maracás, que valoriza a atividade artística e tem priorizado a presença de escritores, sobretudo poetas, em seus projetos culturais. Em setembro o grupo atingirá a marca de 10 anos de plena atividade.

A Prefeitura de Maracás ofereceu o apoio necessário ao Concriz para a participação na Flipelô e, através do Departamento de Cultura e do Gabinete, esteve presente durante o evento, prestigiando este coletivo tão importante para a cultura de Maracás.

Sobre a Flipelô – Em sua primeira edição, a festa literária comemora os 30 anos da Fundação Casa de Jorge Amado, com homenagem ao escritor que dá nome ao espaço, além de Zélia Gattai e Myriam Fraga, duas das mais relevantes personalidades culturais diretamente interligadas à trajetória de vida de Amado. O evento contou com mais de 50 atividades, entre mesas de debates, lançamentos de livros, oficinas literárias, saraus, apresentações teatrais, exibição de vídeos e shows musicais. É apresentada pelo Ministério da Cultura e Instituto CCR e realizada pela Fundação Casa de Jorge Amado.




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Motivo

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.

Cecília Meireles